[VÍDEO] - Estudo MURANO (Venetoclax) confirma benefícios em pacientes com LLC - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Estudo MURANO (Venetoclax) confirma benefícios em pacientes com LLC

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Dr. Fabio Santos comenta a atualização dos resultados do estudo MURANO, fase 3 randomizado, conduzido em pacientes com leucemia linfoide crônica, recidivada e refratária. A atualização foi apresentada durante o ASH 2018, em San Diego, e confirma benefícios para pacientes que usaram venetoclax. Dr. Fabio Santos é médico hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O estudo MURANO comparou dois esquemas de tratamento: esquema padrão, com seis ciclos de Bendamustina com Rituximabe, e o esquema novo com Venetoclax e Rituximabe. Após o ciclo Ven+R, Venetoclax se manteve em monoterapia por 18 meses.

Os dados iniciais do estudo já foram publicados neste ano, no NEJM. No ASH, foi apresentada uma atualização com três anos de seguimento e ”informações a respeito de aquisição de status de doença residual mínima negativa nos pacientes”, conforme explicou Santos.

O especialista lembrou que, além da confirmação dos dados já publicados no NEJM, a atualização mostrou que a combinação de Venetoclax com Rituximabe apresentou resultados muito superiores ao braço controle com Bendamustina e Rituximabe, especificamente para controle de doença em pacientes com LLC recidivada ou refratária.

Dr. Santos acrescentou que “o desfecho primário de sobrevida livre de progressão tinha uma redução de 84% de risco de progredir ou morrer com braço de venetoclax mais rituximabe comparado com o braço controle”.

Houve também benefício de sobrevida global com redução de 50% no risco de morte no braço de Venetoclax com Rituximabe. Não foram registrados novos efeitos colaterais descritos no braço controle e no braço alternativo de venetoclax com rituximabe.

Em relação ao alcance de doença residual mínima indetectável, Dr. Santos observou que, ao final da terapia combinada, uma alta fração dos pacientes que receberam Venetoclax e Rituximabe atingiu doença residual mínima negativa, em torno de 60%. Isso foi constatado em todos os subgrupos com LLC, até mesmo em pacientes com alterações genéticas de alto risco.

Ao resumir o estudo MURANO fase 3, Dr. Fabio Santos frisou: “Registramos a eficácia dessa combinação em atingir respostas profundas e duradouras e melhorar a sobrevida dos pacientes com LLC recidivada e refratária”.