Termina o ASH 2019. Veja o que foi destaque neste 61º encontro - Oncologia Brasil

Termina o ASH 2019. Veja o que foi destaque neste 61º encontro

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Os hematologistas membros Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dr. Jorge Vaz, Cettro e Dr. Renato Tavares, comentam os destaques do 61º encontro da Sociedade Americana de Hematologia (ASH). O ASH 2019 contou com uma gama intensa de atividades trazendo discussões importantes acerca de novas modalidade terapêuticas além de consolidações de dados já conhecidos em algumas doenças.

Dentre as sessões plenárias podemos observar alguns destaques: dentre eles um que buscou a descrição da fisiopatologia da síndrome antifosfolípide incluindo o Teste de Ham modificado como auxílio diagnóstico e associando as vias de ativação do complemento, abrindo então a oportunidade de uso dos inibidores do complemento para tratamento da síndrome. Vale apena citar a emergência da terapia genica para Hemofilia que modifica a história natural da doença visando uma expectativa de cura de doença congênita e hereditária.

A LLC foi bastante citada com descrição de associações de drogas novas e suas combinações. O ibrutinibe, venetoclax e acalabrutinibe estão trazendo grandes resultados para essa doença. Aspectos sobre o entendimento da clonalidade da doença que influem diretamente no prognóstico além do estudo de sequenciamento gnômico criou novas perspectivas em busca da condução de uma medicina personalizada.

Quanto ao Mieloma múltiplo novos agentes com combinações triplas ou quádruplas foram debatidos, sempre em busca do aprofundamento das respostas permitindo que haja maior sobrevida livre de progressão e até com ganho de sobrevida global. A importância da imunoterapia para ambos perfis de pacientes (aqueles elegíveis e os não elegíveis a transplante de medula óssea. Nos âmbitos dos linfomas foi destaque o uso da associação de lenalidomida-rituximabe como terapia de resgate em linfoma folicular com resultados comparáveis com imuno-quimioterapia, possibilitando o uso em pacientes fragilizados.

Assim, o manejo da imunoterapia e principalmente o entendimento da fisiopatogênese das doenças hematológicas se mostra cada vez mais em pauta de discussões na busca para um planejamento eficaz, efetivo e seguro ao paciente.

O ASH aconteceu de 07 a 10 de dezembro de 2019 em Orlando (EUA) e reuniu mais de 25 mil profissionais de hematologia de todas as subespecialidades. Acompanhe os destaques do ASH na cobertura da Oncologia Brasil.