O papel dos biomarcadores na prática clínica dos tumores gastrointestinais - Oncologia Brasil

O papel dos biomarcadores na prática clínica dos tumores gastrointestinais

2 min. de leitura

Dr. Gustavo Fernandes, oncologista clínico e diretor geral do Hospital Sírio-Libanês de Brasília (DF), comenta sobre os principais biomarcadores dos tumores gastrointestinais, com foco na imunoterapia e na terapia-alvo.

No início da palestra, o especialista detalha os biomarcadores e as doenças para as quais a imunoterapia está indicada:
• Tumores com instabilidade de microssatélite (MS) após terapia padrão com biomarcador MSI, ainda offlabel no Brasil;
• Câncer colorretal com instabilidade de MS em primeira linha com o biomarcador MSI;
• Hepatocarcinomas BCLC C ou B multinodular, sem biomarcador;
• Adenocarcinoma gástrico metastático – expressão de PD-L1;
• CEC do esôfago metastático – expressão de PD-L1;
• CEC do canal anal, sem biomarcador;
• Tumores metastáticos refratários à terapia padrão com Tumor Mutational Burden (TMB) maior do que 10 mutações por megabase (mut/Mb).

Na sequência, comenta sobre as terapias-alvo. A mais utilizada para os tumores gastrointestinais, segundo Dr. Fernandes, é a anti-HER-2 para estômago e esôfago, uma vez que aproximadamente 15% desses tumores apresentam a hiper-expressão HER-2. Nesses casos, comumente se utiliza o trastuzumabe deruxtecano, conforme estudo apresentado pelo especialista, com resultados que demonstram expressiva sobrevida global.

O oncologista mostrou também os resultados do estudo BEACON, que validou a terapêutica para câncer colorretal metastático com a presença da mutação BRAF V600E, e outros ensaios sobre as terapias voltadas para BRCA em câncer de pâncreas metastático, para anti IDH1 e fusão para FGFR para colangiocarcinoma, sendo todas offlabel no Brasil. Por fim, abordou ainda os inibidores do KRASG12C, comentando que existem moléculas em teste de estudos de fases 1 e 2, caminhando para fase 3.

Acompanhe outras notícias do Precision Oncology Review e/ou se cadastre para a transmissão de 27/08: https://oncologiabrasil.com.br/precision

Saiba mais:
Le, DT at al, PD-1 Blockade in Tumors with Mismatch-Repair Deficiency, NEJM, 2015; 372:2509-20.

Michael, O ASCO Annual Meeting, 2016.

Andre T, Shiu KK, Kim TW, Jensen BV, Jensen LH, Punt CJ, Smith DM, Garcia-Carbonero R, Benavides M, Gibbs P, De La Fouchardiere C. Pembrolizumab versus chemotherapy for microsatellite instability-high/mismatch repair deficient metastatic colorectal cancer: The phase 3 KEYNOTE-177 Study.

Finn, RS et al Atezolizumab plus Bevacizumab in Unresectable Hepatocellular Carcinoma. NEJM, 2020; 382:894-1905

Bang, YJ et. Pembrolizumab alone or in combination with chemotherapy as first-line therapy for patients with advanced gastric or gastroesophageal junction adenocarcinoma: results from the phase II nonrandomized KEYNOTE-059 study. Gastric Cancer, 2019; 22(4): 828-837.
Melges, J et al. The phase 3 KEYNOTE-181 study. Ann Oncology, 2019; 30(supp 4).
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02628067

Tabernero, J et al. Management of Adverse Events associated with Encorafenib Plus Cetuximab in patients with BRAF V600E Mutant Metastatic Colorectal Cancer (The BEACON CRC Study)
Presented at: 2020 ESMO World Congress on Gastrointestinal Cancer; July 1-4, 2020; Virtual. SO-21
Kopetz S, Grothey A, Yaeger R, Van Cutsem E, Desai J, Yoshino T, Wasan H, Ciardiello F, Loupakis F, Hong YS, Steeghs N. Encorafenib, binimetinib, and cetuximab in BRAF V600E–mutated colorectal cancer. New England Journal of Medicine. 2019 Oct 24;381(17):1632-43.