Olaparibe mostra resultados positivos para câncer de próstata resistente à castração metastático (mCRPC) com gene de recombinação homóloga de reparo (HRR) - Oncologia Brasil

Olaparibe mostra resultados positivos para câncer de próstata resistente à castração metastático (mCRPC) com gene de recombinação homóloga de reparo (HRR)

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Resultados demonstraram benefício clínico significativo de sobrevida global em pacientes com mutações no BRCA ou ATM

O estudo PROfound avaliou a eficácia e segurança de olaparibe (LYNPARZA®) versus enzalutamida ou abiraterona em pacientes com câncer de próstata resistente à castração metastático (mCRPC), que progrediram em tratamento prévio às novas terapias hormonais (anticâncer) e apresentam mutação em um dos 15 genes envolvidos na via de HRR, incluindo BRCA1/2, ATM e CDK122. Este é o primeiro estudo positivo selecionado com biomarcador de fase 3 (inibidor de PARP) que avalia um tratamento direcionado em pacientes com estas condições.

Os resultados demonstraram uma melhora estatística e clinicamente significativa no principal desfecho secundário de sobrevida global (SG) com olaparibe versus enzalutamida ou abiraterona em homens com mCRPC selecionados para as mutações nos genes BRCA1/2 ou ATM, uma subpopulação de mutações no gene HRR.

O estudo alcançou seu endpoint primário em agosto de 2019, mostrando que o tratamento com olaparibe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão radiológica (rPFS) em homens com mutações nos genes BRCA 1 / 2 ou ATM e encontrou um endpoint secundário para a rPFS na população geral de HRRm.

O perfil de segurança e tolerabilidade de olaparibe foram consistentes com os ensaios anteriores sendo que os eventos adversos (EA) mais comuns para ≥20% para olaparibe em comparação com abiraterona ou enzalutamida foram anemia (47% vs. 15%), náusea (41% vs. 19%), fadiga e astenia (41% vs. 32%), diminuição do apetite (30% vs. 18%) e diarreia (21% vs. 7%).

Os EA de grau 3 ou superior foram anemia (22% vs. 5%), fadiga e astenia (3% vs. 5%), vômitos (2% vs. 1%), dispneia (2% vs. 0%), trato urinário infecção (2% vs. 4%), náusea (1% vs. 0%), diminuição do apetite (1% cada) e diarreia (1% vs. 0%).

Outras consequências dos efeitos adversos de qualquer grau foram:
• interrupções de dose em 45% dos pacientes que receberam olaparibe e em 19% daqueles que receberam um NHA;
• reduções de dose em 22% e em 4% dos pacientes, respectivamente;
• descontinuação em 16% e em 9% dos pacientes, também respectivamente.

Fonte:
M. Hussain et al. PROfound: Phase 3 study of olaparib versus enzalutamide or abiraterone for metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC) with homologous recombination repair (HRR) gene. Annals of Oncology (2019) 30 (suppl_5): v851-v934.