Novas combinações mantêm a qualidade de vida de pacientes com câncer colorretal e carcinoma hepatocelular - Oncologia Brasil

Novas combinações mantêm a qualidade de vida de pacientes com câncer colorretal e carcinoma hepatocelular

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No primeiro dia da ASCO GI 2020 foram apresentados estudos sobre a qualidade de vida dos pacientes com câncer colorretal e carcincoma hepatocelualar. O primeiro, estudo de fase III IMbrave 150, mostrou que a combinação do inibidor do ligante de morte celular programada 1 (PD-L1) atezolizumabe e o inibidor do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) bevacizumabe atrasa a queda na qualidade de vida em comparação sorafenibe (standard of care) para pacientes com carcinoma hepatocelular (CHC) irressecável.

O tempo para deterioração foi de 11,2 meses a combinação em comparação com 3,6 meses para o sorafenibe. Os declínios no funcionamento físico (qualidade de vida) também foram adiados com o tratamento combinado, 13,1 meses com atezolizumabe e bevacizumabe, em comparação com 4,9 meses com sorafenibe.

Dados preliminares do IMbrave 150, que comparou atezolizumabe mais bevacizumabe com sorafenibe no tratamento de primeira linha para pacientes com CHC que não haviam recebido terapia sistêmica prévia, foram apresentados no Congresso Asiático da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) em novembro de 2019. Naquela época, a sobrevida global ainda não havia sido alcançada para atezolizumabe mais bevacizumabe em comparação com a sobrevida global de 13,2 meses para pacientes que receberam sorafenibe sozinho. A taxa de resposta geral foi de 27% com atezolizumabe mais bevacizumabe e 12%para sorafenibe.

O outro estudo BEACON, cujos dados de eficácia foram publicados anteriormente no NEJM favorecendo esquemas duplos e triplos no tratamento do câncer colorretal (CCR), trouxe no Simpósio de Câncer Gastrointestinal o endpoint secundário, qualidade de vida.

Os pesquisadores observaram que pacientes tratados com o esquema triplo (binimetinibe, encorafenibe e cetuximabe) tiveram uma redução de aproximadamente 44-45% no risco de deterioração da qualidade de vida em comparação com os pacientes no grupo de tratamento padrão (irinotecano mais cetuximabe ou FOLFIRI mais cetuximabe).

Os resultados relatados pelo paciente (PROs) tem ganhado destaque pois fornecem informações importantes sobre o impacto do tratamento na qualidade de vida. Há ainda evidências que sugerem valor prognóstico do PROs.