Highlights ASCO GI 2020 - Oncologia Brasil

Highlights ASCO GI 2020

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A Dra. Rachel Riechelmann, Head da Oncologia Clínica do A. C. Camargo Cancer Center, traz um Highlights dos principais trabalhos apresentados na ASCO GI (Gastrointestinal Cancers Symposium) que aconteceu entre os dias 23 e 25 de janeiro em San Francisco, EUA.

Em câncer colorretal destaque para  dois estudos, o primeiro o estudo BEACON (HIPERLINK 1) que avaliou a qualidade de vida dos pacientes submetidos ao tratamento triplo (encorafenibe + binimetinibe + cetuximabe),  duplo (encorafenibe + cetuximabe) e padrão (cetuximabe e irinotecano ou cetuximabe e FOLFIRI). As terapias tripla e dupla também tiveram uma maior taxa de sobrevida global bem como melhora substancial nas avaliações de qualidade de vida. “Para pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) com mutação BRAF V600E, o bloqueio duplo é o padrão”, afirma Dra. Rachel.  De igual importância, um estudo japonês respondeu a frequente dúvida do benefício da adição da cirurgia de ressecção ao tratamento sistêmico em pacientes com CCRm assintomáticos tumor primário local. E neste sentido, não houve benefício em sobrevida global da intervenção cirúrgica, apresentando até um maior mortalidade.

Em câncer de canal anal metastático, o KEYNOTE-158 de braço único mostrou um taxa de resposta de 11% para o tratamento com pembrolizumabe nesta população; a resposta foi diferente entre as populações, sendo 14,7% pacientes respondedores com PD-L1≥1  e 6,7% com PD-L1<1.

Apresentado na ESMO Asia e agora com a inclusão de dados de qualidade de vida, o estudo IMbrave com pacientes com carcinoma hepatocelular metastático (HCCm) comparou sorafenibe versus a combinação bevacizumabe com atezolizumabe. A combinação que já demonstrou ganho de sobrevida global também atingiu o endpoint de qualidade de vida, e quando aprovado no Brasil substituirá o sorafenibe como 1ªL no HCCm, reforça.

A combinação atezolizumabe e bevacizumabe também foi avaliada no estudo de braço único com pacientes com tumores neuroendócrinos pancreáticos e não-pancreáticos, a taxa de resposta foi de 30% e sobrevida livre de progressão de 19 meses nos neuroendócrinos de pâncreas e 15 meses nos não-pancreáticos. “A combinação de imunoterapia, inibidor de checkpoint imune e antiangiogênico tem se mostrado efetivo em vários tumores sólidos e sido explorado em várias indicações”, completa a Dra. Rachel.