Estudo WIDE: uso do sequenciamento do DNA feito de forma ampla para escolha do tratamento - Oncologia Brasil

Estudo WIDE: uso do sequenciamento do DNA feito de forma ampla para escolha do tratamento

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Dr. Marcelo Corassa, médico oncologista e pesquisador do A.C. Camargo Cancer Center, analisa importante trabalho holandês sobre Whole Genomic Sequencing (WGS) apresentado durante o ASCO 2021
 

Nos próximos anos, vários medicamentos serão aprovados para alvos genômicos definidos, a maioria deles de forma agnóstica para o tumor. Identificar os pacientes que podem se beneficiar disso é fundamental para o sucesso futuro da medicina de precisão, idealmente usando um único teste abrangente para detectar todos os possíveis biomarcadores. 

 

Dr. Marcelo Corassa, médico oncologista e pesquisador do A.C. Camargo Cancer Center, analisou os dados do estudo WIDE, apresentado durante o Congresso Mundial ASCO 2021, que propôs que todos os pacientes realizassem Whole Genomic Sequencing (WGS), ou seja, sequenciamento amplo do DNA, com o uso do material padrão. 
 

Usualmente, os especialistas aguardam a progressão a linhas padrão de terapia para avaliação de um perfil genômico amplo ou testam apenas pacientes que apresentem um risco muito alto de terem alterações genômicas. 
 

Entre os 1200 voluntários do ensaio clínico, cerca de 69% conseguiram realizar o teste com o material biológico retirado na prática clínica e 71% apresentaram algum alvo potencialmente acionável. Os pacientes que fizeram os testes genômicos convencionais, por sua vez, tiveram 54% de alterações genômicas potencialmente acionáveis. 

De acordo com o oncologista, é necessário aprimorar esse conhecimento e entender quais são os reais pacientes que irão responder aos tratamentos direcionados. 

“Mas para fazer uma terapia baseada em driver molecular, a gente precisa ter um teste de qualidade. Quando chegarmos em uma situação em que todos os pacientes possam ser testados de forma praticamente reflexa, para sabermos onde estamos pisando nesse tumor especificamente, isso, potencialmente, fará uma diferença muito grande. A gente não sabe até quando isso vai até termos um estudo específico de sobrevida, mas será uma diferença muito grande aí no nosso dia a dia”, relata o especialista.  

 

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