EMPOWER-Lung 1: cemiplimabe como novo padrão de terapia em 1ª linha para tratamento de câncer de pulmão - Oncologia Brasil

EMPOWER-Lung 1: cemiplimabe como novo padrão de terapia em 1ª linha para tratamento de câncer de pulmão

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Monoterapia com cemiplimabe de primeira linha aumentou a sobrevida global em câncer de pulmão não-pequenas células avançado e reduziu o risco de morte em 43% em pacientes com expressão de PD-L1 ​​≥50%

As novas análises do estudo EMPOWER-Lung 1 – que avaliou o uso de cemiplimabe monoterapia em primeira linha para tratamento do câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático – foram apresentadas no ESMO Virtual Congress 2020.

Trata-se de um estudo randomizado, aberto e multicêntrico de fase III que comparou a monoterapia de cemiplimabe versus doublet de quimioterapia à base de platina em pacientes com CPNPC escamoso ou não escamoso, cujas células tumorais expressavam PD-L1 ​​≥50%, porém sem alteração em ALK, EGFR ou ROS1.

Foram incluídos 712 pacientes com CPNPC estadio IIIB, IIIC ou IV, que não eram candidatos à ressecção cirúrgica ou quimiorradiação definitiva ou haviam progredido após o tratamento com quimiorradiação definitiva ou anterior.

Na população geral do estudo (n = 710), o acompanhamento médio foi de 13 meses para cemiplimabe (n = 356) e quimioterapia (n = 354). Cemiplimabe em comparação com quimioterapia apresentou uma redução de 32% no risco de morte (HR = 0,68; p = 0,0022), com uma sobrevida global mediana de 22 meses versus 14 meses.

Em um subgrupo de pacientes com expressão de PD-L1 confirmada ≥50% (n = 563) foi feito um acompanhamento médio de 11 meses para cemiplimabe (n = 283) e quimioterapia (n = 280). Cemiplimabe demonstrou que 43% reduziram o risco de morte (HR = 0,57; p = 0,0002). A SG mediana ainda não foi alcançada versus 14 meses. Houve 46% de redução do risco de progressão da doença (HR = 0,54; p < 0,0001).

Segundo Dr. Ahmet Sezer, um dos investigadores do estudo e professor associado do Departamento de Oncologia Médica da Universidade Başkent em Adana, na Turquia, é notável nessas novas análises o fato de cemiplimabe ter reduzido o risco de morte em 43% em pacientes cujo CPNPC com expressão de PD-L1 de 50% ou mais, pois quase 3/4 dos pacientes passaram por quimioterapia após a progressão da doença e 12% dos pacientes tinham metástases cerebrais pré-tratadas e estáveis.

O estudo também encontrou uma correlação direta entre a resposta do tumor e o nível de expressão de PD-L1 em ​​pacientes tratados com cemiplimabe, mostrando que a TRO foi mais alta (46%) em tumores com ≥ 90% de expressão de PD-L1, com tumores-alvo diminuindo em mais de 40% após 6 meses de tratamento em média. Esta correlação com o nível de expressão de PD-L1 não foi observada com a quimioterapia.

Em resumo, pode-se concluir que o cemiplimabe reduziu o risco de morte em 43% em pacientes com CPNPC com expressão de PD-L1 ​​≥50%. Para o pesquisador, esses resultados apoiam cemiplimabe como uma nova opção potencial para monoterapia anti-PD-1 em câncer de pulmão de não-pequenas células avançado de primeira linha.

Referência:

Sezer A, et al. EMPOWER-Lung 1: Phase III first-line (1L) cemiplimab monotherapy vs platinum-doublet chemotherapy (chemo) in advanced non-small cell lung cancer (NSCLC) with programmed cell death-ligand 1 (PD-L1) ≥50%. Abstract LBA52. ESMO 2020.

 

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