Estudo VIALE-A corrobora com o papel do venetoclax em combinação com azacitidina para pacientes com leucemia mieloide aguda
Os resultados apontam para um desfecho nobre de sobrevida global, representando um grande avanço no tratamento da LMA nos pacientes não candidatos ao transplante alogênico
Dr. Angelo Maiolino, professor de hematologia na UFRJ e coordenador de hematologia do Américas Centro de Oncologia, no Rio de Janeiro, destaca o ensaio clínico VIALE-A, apresentado virtualmente na 25ª edição do EHA Annual Congress.
Trata-se de um estudo de fase 3 que comparou venetoclax associado à azacitidina versus placebo mais azacitidina em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) inelegíveis para o transplante de medula óssea, especificamente um subgrupo de pacientes mais idosos e mais frágeis. Sabe-se que as terapias atuais disponíveis para estes pacientes produzem respostas limitadas e com baixa sobrevida, geralmente inferior a 4 meses.
O venetoclax é um potente inibidor do BCL-2 já aprovado tanto para o tratamento da leucemia linfoide cronica (LLC) como para o LMA neste cenário. O VIALE-A buscou corroborar com esta indicação.
O desfecho primário foi sobrevida global (SG), alcançada com uma superioridade bastante clara para o venetoclax mais azacitidina, com mediana de SG de 14 meses contra 9 meses d azacitidina isoladamente.
Outro dado bastante importante foi a qualidade de vida dos pacientes e a redução da necessidade transfusional. O venetoclax com azacitidina apresentou superioridade para todos os subgrupos de mutações e de citogenéticas de alto risco. A tolerabilidade foi bastante satisfatória, lembrando que ambos os braços usaram os medicamentos até a progressão ou toxicidade não aceitável.
Os resultados apontam para um desfecho nobre de sobrevida global, representando um grande avanço no tratamento da LMA nos pacientes não candidatos ao transplante alogênico.
Se preferir ouça nosso Podcast:
