Combinação de atezolizumabe e bevacizumabe é promissora em hepatocarcinoma - Oncologia Brasil

Combinação de atezolizumabe e bevacizumabe é promissora em hepatocarcinoma

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O hepatocarcinoma (HCC) é uma neoplasia altamente letal, com a maior taxa de mortalidade por incidência dentre todos os tumores sólidos e taxa de sobrevida em 1 ano inferior a 50% após o diagnóstico. 

Atualmente a terapia standard, em primeira linha, para pacientes com doença irressecável é o sorafenibe, um inibidor de múltiplas quinases que reduz a proliferação celular tumoral in vitro e bloqueia a atividade da serina/treonina e dos receptores de TK localizados na célula tumoral (c-RAF, b-RAF, V600E b-RAF, KIT, e FLT3) e nas células vasculares do tumor (VEGFR2, VEGFR3, e PDGFR-beta).

Evidências prévias sugerem que a adição de um antiangiogênico (anti-VEGF) ao anti-PD-L1 possam imunomodular o microambiente tumoral potencializando a atividade linfocitária e, por conseguinte, melhora na resposta ao tratamento.

A partir dessas evidências, o estudo de fase 3 IMbrave 150, aberto, randomizado (2:1), incluiu 501 pacientes com hepatocarcinoma metastático ou localmente avançado sem tratamento prévio e buscou avaliar a eficácia da combinação atezolizumabe (anti-PD-L1) e bevacizumabe (anti-VEGF) em comparação a sorafenibe.

Um press release recentemente divulgado afirmou que o IMbrave 150 é o primeiro estudo de imunoterapia de fase III que alcançou seus co-endpoints primários, com benefício estatisticamente significativo em sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG), no tratamento da forma mais comum de câncer de fígado.

Os dados serão divulgados em breve no ESMO Asia Congress 2019 e, segundo a noticia enviada a imprensa, os resultados promissores serão apresentados às agências reguladoras, incluindo o Food and DrugAdministration (FDA), podendo tornar a combinação uma nova opção para o tratamento do HCC em breve.

Saiba mais em: https://www.roche.com/media/releases/med-cor-2019-10-21.htm