Câncer Pulmão de Células Pequenas: estudo com anticorpo monoclonal anti-GD2 não mostra benefício - Oncologia Brasil

Câncer Pulmão de Células Pequenas: estudo com anticorpo monoclonal anti-GD2 não mostra benefício

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O câncer de pulmão de células pequenas (CPCP) é uma doença agressiva, com altas taxas de resposta a quimioterapia, mas com índices elevados de progressão de doença. Com isso novas estratégias para o tratamento de segunda linha novas estratégias são necessárias.

Neste contexto, o estudo fase III DISTINCT, multicêntrico, randomizado avaliou o benefício da adição de dinutuximabe, um anticorpo monoclonal ligante de GD2 no tratamento de CPCP recidivado / refratário no cenário de segunda linha. Foram randomizados (2:2:1) pacientes de 198 centros de câncer em 22 países da América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico para receber apenas o irinotecano (n = 190), dinutuximabe mais irinotecano (n = 187) ou topotecano em monoterapia (n = 94).

O objetivo principal deste estudo foi comparar a sobrevida global (SG) em pacientes tratados com dinutuximabe e irinotecano versus pacientes tratados apenas com irinotecano como tratamento de segunda linha em pacientes com CPCP recidivado ou refratário. Os desfechos secundários incluíram segurança do tratamento, farmacocinética, taxa de resposta e sobrevida livre de progressão.

O estudo também teve um desfecho exploratório, que foi avaliar como biomarcadores selecionados se relacionam com a sobrevida de pacientes que receberam tratamento com dinutuximabe. A adição da injeção de dinutuximabe ao irinotecano não melhorou a SG desses pacientes, de acordo com os resultados anunciados em um comunicado do fabricante do dinutuximabe.

O perfil de segurança do dinutuximabe mais irinotecano foi considerado consistente com estudos anteriores. Os eventos adversos (EAs) mais comuns foram infecções, reações infusionais, hipocalemia, hipotensão, dor, febre e síndrome do vazamento capilar.