Câncer no Brasil em números: INCA estima 625 mil novos casos por ano - Oncologia Brasil

Câncer no Brasil em números: INCA estima 625 mil novos casos por ano

2 min. de leitura

Como parte das atividades do Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) deste ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) lançou um documento chamado “Estimativa 2020 – Incidência de Câncer no Brasil”. O volume traz estimativas de incidência de diversos tipos de câncer para os próximos três anos no país, somando um total de 625 mil novos casos no total.

Destes 625 mil, o câncer de maior incidência para ambos os sexos, em concordância com o cenário mundial, é o de pele não-melanoma. A doença é responsável por aproximadamente 177 mil (em torno de 28,3%) dos novos casos estimados. Tumores de mama e próstata vêm logo em seguida, correspondendo a em torno de 66 mil novos casos cada. Outros tumores a serem destacados pelo documento são o carcinoma colorretal (~41 mil), pulmão (~30 mil) e estômago (~21 mil).

Separando por sexo, os tipos de câncer — com exceção do câncer de pele não-melanoma — estimados como mais frequentes em mulheres serão mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireóide (5,4%). Já nos homens, os tumores mais comuns — à exceção do câncer de pele não-melanoma — serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%).

O fato de o câncer de colo de útero ser o quarto mais comum em mulheres brasileiras está em concordância com a maior circulação do vírus HPV em países em desenvolvimento como o Brasil. Esta é uma doença evitável, que já está em vias de erradicação em países desenvolvidos como a Austrália e o Reino Unido. A adoção satisfatória das medidas preventivas (exame Papanicolau a cada três anos e, na infância e adolescência, a vacinação) será necessária para salvar vidas e garantir resultados melhores do que os estimados pelo INCA.

Além de trazer dados nacionais e regionais, o documento traz comentários que comparam as taxas brasileiras com estimativas feitas para outros países. A chegada de mais 625 mil pacientes por ano ao sistema de saúde brasileiro representa um grande desafio às equipes médicas, a gestores e aos pacientes e seus familiares, como comenta Luciana Holtz, da ONG Oncoguia: “Os números totalizam e nos ajudam a traduzir a quantidade de histórias individuais que acompanhamos, que estão enfrentando desafios variados e sim, só aumentam. O combate ao câncer e seu cuidado precisam ser prioridade em nosso país”.

Você pode ler o documento na íntegra em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil