Atualizações do estudo ARROW avalia pralsetinibe para tumores com fusão de RET - Oncologia Brasil

Atualizações do estudo ARROW avalia pralsetinibe para tumores com fusão de RET

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Pralsetinibe demonstra atividade antitumoral ampla e durável em vários tipos avançados de tumores sólidos, independentemente do genótipo de fusão RET

Atualizações do ARROW (NCT03037385) foram apresentadas durante o ASCO 2020 Virtual Annual Meeting. Trata-se de um estudo de fase 1 sobre aumento de dose de pralsetinibe (30 a 600 mg uma vez ou duas vezes ao dia) seguido de fase 2 de expansão (400 mg uma vez ao dia) em pacientes com tumores sólidos avançados com alteração no RET.

As fusões de genes RET são alterações ativadoras em vários tipos de tumores, incluindo até 20% dos cânceres papilares de tireoide (CPT). O pralsetinibe é um inibidor seletivo e altamente potente de alterações oncogênicas do RET que, no estudo, apresentou uma taxa de resposta geral (TR) de 73% (19/26) em pacientes câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) com fusão de RET sem tratamento sistêmico prévio e TR de 61% (49/80) naqueles expostos à platina, sendo um tratamento bem tolerado.

Em 18 de novembro de 2019, 29 pacientes com tumores sólidos metastáticos diferentes de CPNPC (16 CPT, 1 tireoide indiferenciada, 3 pancreáticos, 3 cólons, 6 outros) e portadores de fusão RET receberam pralsetinibe.

Em pacientes com câncer de tireoide com fusão de RET, a TR foi de 75% (9/12). A duração mediana da resposta (DDR) foi de 14,5 (3,7+, 16,8) meses, sendo que 67% dos pacientes que responderam continuaram o tratamento. Dois pacientes com doença estável continuaram o tratamento em 11,5+ e 19,3+ meses.

Em outros casos de tumores com fusão de RET, a TR foi de 60% (3/5) com respostas parciais em 2/2 pacientes com câncer de pâncreas (DDR 5,5-7,4+ meses) e 1 paciente com colangiocarcinoma intrahepático (DDR 7,5 meses). Dois pacientes com câncer de cólon tiveram doença estável por 7,3 e 9,3 meses. As respostas foram observadas em vários genótipos de fusão.

Em toda a população de segurança (todos os pacientes tratados com 400 mg de pralsetinibe uma vez ao dia, independentemente do diagnóstico; n = 354), a maioria dos eventos adversos relacionados ao tratamento (EAT) foi de grau 1-2 e incluiu aumento de AST (31%), anemia (22%), aumento da ALT (21%), constipação (21%) e hipertensão (20%). Apenas 4% dos pacientes na população de segurança descontinuaram devido a EAT.

O pralsetinibe foi bem tolerado e demonstrou atividade antitumoral ampla e durável em vários tipos avançados de tumores sólidos, independentemente do genótipo de fusão RET. O estudo está em andamento e ainda recruta pacientes nesta coorte.

Referência:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 109). DOI:10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.109
https://meetinglibrary.asco.org/record/186874/abstract

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