A poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis - Oncologia Brasil

A poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis

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A pneumologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dra. Elnara Negri, ministrou uma palestra – “Efeitos da poluição em doenças crônicas”, durante o Simpósio Nacional GBOT 2019, ressaltando os malefícios do material particulado fino no ar. Segundo a pesquisadora, o material particulado fino, com 2,5 milionésimos de metro, é conhecido como PM2.5 e é um dos principais motivos para a incidência do câncer de pulmão.

“Aquela fumaça preta do diesel, o PM2.5 consegue penetrar na mitocôndria, metila o DNA, alterar a célula e pode causar mutações basicamente por meio de stress oxidativo e com isso maior chance de desenvolver câncer, doenças crônicas e cardiovasculares”, ressaltou Negri.

A professora trabalha há 30 anos no Laboratório de Poluição Atmosférica da FMUSP pontuou o tabagismo como a principal ameaça nos casos de câncer de pulmão. A dra. Neri explica que os fumantes do cigarro convencional, dos eletrônicos e os fumantes passivos são as principais vítimas. “Nos Estados Unidos, 60% das crianças entre 12 e 17 anos estão fumando cigarro eletrônico, podendo aterar a plasticidade neuronal de um cérebro em formação”, explicou.

O Simpósio GBOT 2019 tem o objetivo de discutir os principais avanços no diagnóstico e tratamento de câncer de pulmão, assim como discutir as últimas evidências em marcadores tumorais e desenvolvimento de novas drogas e terapias. O evento é realizado nos dias 08 e 09 de novembro de 2019, em São Paulo (SP) e conta com renomados palestrantes nacionais e internacionais.